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domingo, janeiro 25, 2004
Estive a ler o novo livro de Michael Moore, “Dude, Where’s my country?”. MM é o realizador de “Bowling for Columbine” que ganhou o Óscar para o melhor documentário em 2003, e escreveu os livros “Down size this” sobre os crimes económicos das corporações estado-unidenses, e “Stupid White Men” sobre as eleições que resultaram na nomeação de Bush com presidente dos Estados Unidos. Fez um discurso extremamente crítico na recepção do Óscar que se pode ler no seu site. Os livros, apesar da seriedade dos assuntos e da investigação realizada, são escritos num estilo leve e cómico.
Este novo livro não deixa os outros atrás e é leitura obrigatória. Não resisto a fazer um resumo dos 11 capítulos para abrir o apetite [mas nos próximos dias]. Todos os capítulos têm notas que estão linkadas aqui. Apesar de alguns dos arquivos de jornais cobrarem dinheiro, os artigos podem ser facilmente encontrados na Web pelo do google, através dos títulos completos.
Entretanto, cá ficam duas citações que vêem no livro em tradução livre.
A primeira de Dick Cheney, actual vice-presidente dos EUA, e então CEO da Halliburton, gigante no ramo do petróleo. “Cerca de 70 a 75% dos nossos negócios está relacionado com energia, servindo clientes como Unocal, Exxon, Shell, Chevron, e muitas outras principais companhias petrolíferas em todo o mundo. Por isso, encontramo-nos muitas vezes a trabalhar em locais muito difíceis. O Nosso Senhor não achou por bem por o petróleo e o gás só onde há regimes democraticamente eleitos e amigos dos Estados Unidos. Às vezes, temos de trabalhar em sítios onde normalmente não iríamos. Mas, nós vamos onde os negócios estão.”
A segunda de Paul Wolfowitz. “A verdade é que por razões que têm muito a ver com a burocracia governamental, aceitamos ficar-nos pelo único assunto em que todos concordávamos, que era dar as armas de destruição maciça como razão central... Houve sempre três razões fundamentais. Uma são as armas de destruição maciça, a segunda é o apoio ao terrorismo, a terceira é o tratamento criminoso imposto à população iraquiana. De facto, poder-se-ia dizer que há uma quarta razão importante, que é a relação entre a primeira e a segunda... A terceira por si só, como creio que disse antes, é a razão para ajudar a população iraquiana, mas não é razão para por as vidas dos nossos jovens americanos em risco, certamente não na escala em que o fizemos”.

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