domingo, fevereiro 15, 2004
Sendo um céptico empedernido, quando ouvi as primeiras notícias sobre o relatório Hutton, pensei imediatamente... apanharam-me! Segui todo o caso através da BBC e pensei que talvez a minha opinião tivesse sido manipulada por essa obscura instituição.
As notícias, ainda através da própria BBC, eram que as críticas do relatório eram totalmente apontadas à estação e nada ao Governo britânico. Ainda céptico, pensei que a concisão das Breaking News, e uma certa cautela, tivesse levado a BBC a este exagerado preto e branco.
Depois quando se tornou evidente que o resultado era assim contrastante. Calculei que o juiz se tivesse concentrado exclusivamente nos eventos que levaram à morte do Dr Kelly. Pensei que a oposição à guerra tivesse sido demasiado optimista quando pensou que o juiz fosse avaliar os factos de uma forma mais abrangente.
Finalmente, apercebi-me, já através dos jornais, que o relatório não só exonerava o governo de responsabilidade no tornar público o nome do cientista, mas também de ter melhorado o relatório de segurança. Ou seja não se limitava aos factos à volta do Dr Kelly. Acusava até a BBC de, e aconselhava-a a não, atacar sistematicamente a classe política.
Lembrei-me então da célebre, mas esquecida, apesar de infame, utilização num desses relatórios de segurança, de um trabalho académico com dez anos encontrado na Internet. Lembrei-me também da intensa troca de correspondência entre o governo e os serviços secretos. E decidi, como a maior parte dos ingleses, que a BBC ultrapassa a milhas o governo em credibilidade e que o relatório é demasiado unilateral.
Chamem-lhe mau perder mas para mim é injustiça, e às vezes até um bom árbitro se engana.
As notícias, ainda através da própria BBC, eram que as críticas do relatório eram totalmente apontadas à estação e nada ao Governo britânico. Ainda céptico, pensei que a concisão das Breaking News, e uma certa cautela, tivesse levado a BBC a este exagerado preto e branco.
Depois quando se tornou evidente que o resultado era assim contrastante. Calculei que o juiz se tivesse concentrado exclusivamente nos eventos que levaram à morte do Dr Kelly. Pensei que a oposição à guerra tivesse sido demasiado optimista quando pensou que o juiz fosse avaliar os factos de uma forma mais abrangente.
Finalmente, apercebi-me, já através dos jornais, que o relatório não só exonerava o governo de responsabilidade no tornar público o nome do cientista, mas também de ter melhorado o relatório de segurança. Ou seja não se limitava aos factos à volta do Dr Kelly. Acusava até a BBC de, e aconselhava-a a não, atacar sistematicamente a classe política.
Lembrei-me então da célebre, mas esquecida, apesar de infame, utilização num desses relatórios de segurança, de um trabalho académico com dez anos encontrado na Internet. Lembrei-me também da intensa troca de correspondência entre o governo e os serviços secretos. E decidi, como a maior parte dos ingleses, que a BBC ultrapassa a milhas o governo em credibilidade e que o relatório é demasiado unilateral.
Chamem-lhe mau perder mas para mim é injustiça, e às vezes até um bom árbitro se engana.
Etiquetas: Liberdades e Direitos, Política Internacional