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sexta-feira, março 18, 2005
He's more machine than man now, twisted and evil.
Conversando há uns dias com um amigo, falávamos de um colega cujo comportamento foi mudando à medida que subia de posição no escritório. A certa altura comentou, "Já não há esperança, tornou-se mais arquitecto que homem". Não concordo, tornou-se mais humano que arquitecto. Mantém as características de um bom arquitecto, mas o aumento de responsabilidades fizeram sobressair aspectos humanos da sua personalidade, impaciência, surdez à opinião dos outros, exigir o cumprimento de promessas impossíveis que fez a outros, empurrar culpas para outros, enfim desconsideração pelos colegas.

Mas é assim que os arquitectos se vêem a si mesmos, tiranos insensíveis que exploram os seus congéneres. Fruto de anos consecutivos de exploração do arquitecto pelo arquitecto, os defeitos humanos de impaciência, desconsideração, sobranceria, são vistos, pelos próprios arquitectos, como características inerentes do ser arquitecto.

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