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sábado, setembro 15, 2007
Volto aqui ao tema dos posts anteriores.
«Aparte de concordar com a questão de princípio evocada: a não perpetuação nos cargos e órgão directivos. (...)»

in Eleições na Ordem dos Arquitectos VII,
comentário de Rui Pereira (n.o 1)

O qual comentei
«mas meus amigos, não são eles que se perpetuam no poder, somos nós, os eleitores, que os perpetuamos... e os que perpetuarmos serão assim os perpetuados que merecemos... perpetuamente.»

in Eleições na Ordem dos Arquitectos VII,
comentário de Aquiq (n.o 4)

E acrescento às razões dadas abaixo que o facto de haver limite de mandatos puderá até desencorajar projectos que visam reformas profundas na ordem que não se puderão desenvolver num par de mandatos.

Os que passaram pelo associativismo estudantil sabem bem a dificuldade (1) de envolver um grupo suficiente de gente empenhada; (2) em concordar, criar e implementar uma agenda consistente e relevante para o curso; e, finalmente, quando se venceram as eleições anuais necessárias, (3) no momento em que tudo parece confluir para uma mudança significativa, começa-se o estágio, vai-se de Erasmus, acaba-se o curso. E, por muito que isso tenha sido previsto, a maior parte das vezes existem rupturas cíclicas no seu desempenho.

No futebol, as selecções subs são por definição inexperientes e os seus sucessos e insucessos variam natural e imprevisivelmente devido a isso mesmo.

Se eu concordo que uma das mais importantes tarefas dos lideres associativos é empreender a constante renovação e garantir a continuidade dos projectos que iniciam mesmo que (e talvez preferivelmente) sem eles próprios, também me parece contraproducente impor esta renovação por decreto, particularmente estendendo-a a todos os cargos directivos.

É um pouco como limitar o número de vezes que um jogador pode jogar pela selecção principal e, para mais, incluir os suplentes que não jogaram. Puderá haver um jogador estrela que venha a ser convocado para lá do seu prazo de validade, mas para isso é que há um seleccionador.

Voltando à ordem, temos a vantagem de que o seleccionador somos nós.

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