sábado, outubro 06, 2007
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Na área da construção os erros são comuns. Considerando a quantidade de pessoas envolvidas na projectação, no financiamento, nas autorizações e na execução de um edifício - mesmo simples - o que surpreende às vezes é que se consiga construir de todo.O aumento da regulamentação – tantas vezes contradictória - que afecta a construção e as especificações técnicas cada vez mais complexas e empenhativas tornam a nossa actividade específica um campo fértil para o erro.
Além disso, devido ao papel central em que nos posicionamos e as responsabilidades que assumimos - desde delinear um programa para um cliente inseguro do que quer, à coordenação da projectação assegurando que os projectos das especialidades são consistentes com o projecto de arquitectura - a nossa actividade acarreta riscos derivados da actividade de outros.
Apesar das infelizes ocasionais consequências desastrosas para os utentes, os principais prejudicados geralmente somos os próprios arquitectos.
A infelicidade é que para além dos riscos que assumimos dentro da nossa prática profissional individual, temos sido incapazes de evitar erros a respeito da nossa prática profissional colectiva – seja na maneira como a regulamentação da prática profissional, seja na maneira com a sociedade a vê.
mais da série "Erros de Classe"
Class Mistakes
In the construction industry, mistakes are common. Considering the amount of people involved in the design, finance, permits and execution of a building, what is actually surprising is that something gets built at all.With the increase of regulations – often contradictory – concerning the construction industry and the increasingly complex technical specifications, the likelihood for mistakes to happen is very high.
Additionally, due to the central role and the responsibilities that the architects take – from outlining a functional program, when the client is not sure, to ensure the consistency of the advisors’ designs with the architectural design – our activity undertakes risks resulting from third parties activities.
Besides the occasional unfortunate disastrous consequences for the users, architects are often the ones who suffer the most damaging consequences.
Unfortunately, besides the risks that we assume within our individual professional practice, we have been unable to avoid making mistakes regarding our collective professional practice – both on how it is regulated, and how it is perceived by society.
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Etiquetas: Arquitectos, Erros de Classe (série)