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segunda-feira, abril 05, 2004
Tal como Saramago agora, nos meus primeiros tempos de eleitor joguei com a ideia do voto em branco. Também pensei que seria uma maneira viável de dar voz à minha insatisfação com os partidos que então conhecia (leia-se com representação parlamentar – para lamentar).
Apercebi-me rapidamente que os votos em branco, com os votos nulos, não fazem parte do total final. Ninguém lhes liga realmente nenhuma, tal como se liga pouco à abstenção. Os votos brancos, se eram votos de protesto, não se faziam ouvir.
Não sei era o que pretendia Saramago, mas provavelmente nas próximas eleições devido ao seu romance os votos em branco terão outro peso. Talvez se preste um pouco mais de atenção a esse protesto sem voz.

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