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domingo, agosto 22, 2004

Série: O Ensino da Arquitectura - estórias breves
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Entretanto noutra frente, a desmultiplicação começara (inesperadamente) na universidade pública. A Faculdade de Lisboa (FAUTL) iniciou uma variedade de cursos com o objectivo de "dar a volta" ao número clausus no curso central de arquitectura. Os vários novos cursos - Arquitectura de Interiores, Arquitectura de Gestão Urbanística, Arquitectura do Planeamento Urbano, Arquitectura de Cena, Arquitectura da Moda (alguém me ajude que não sei os nomes correctos) - surgiram como alternativa na universidade pública para aqueles que, impossibilitados de aceder ao curso de arquitectura, se contentavam com a esperança de uma futura transferência, ou com a ilusão (fruto da ignorância ou da desinformação) de que, terminado o curso, seriam arquitectos.

Sem entrar (ainda) no debate sobre se o Urbanismo existe enquanto profissão autónoma, ou se o design de interiores necessita um curso universitário, esta desmultiplicação ilustra como muitas vezes são os próprios arquitectos (e neste caso arquitectos de relevo) a dar tiros no pé, minando a profissão.

Alguns destes, e outros, arquitectos de relevo inspirados talvez pelo poder desmultiplicador que utilizaram com sucesso na universidade pública, desmultiplicaram-se a si mesmos participando em várias universidades privadas.

Entretanto o curso de Lusíada já se tinha desmultiplicado no Porto e em Vila Nova de Famalicão basicamente com o mesmo quadro docente.

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Nota: os dados nestes textos foram recolhidos ao longo dos anos e através de vários contactos formais e informais - podem não ser totalmente exactos ou estar ultrapassados.

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