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sexta-feira, fevereiro 27, 2004
Enquanto o Pentágono publica um relatório alertando para o aquecimento global, enquanto vêm à luz os lucros que a família Bush está afazer com a guerra no Iraque, enquanto o presidente continua sem explicar como passou o seu serviço militar, Bush levanta essa cortina de fumo que é a proposta integrar na constituição a impossibilidade de casamentos homossexuais.

As “emendas” constitucionais americanas são, de facto, a carta dos direitos constitucionais dos cidadãos. O direito a exprimir livremente a opinião, a ter um julgamento justo, e até a possuir armas são alguns dos direitos. Os direitos são por definição afirmativos, nunca negativos. A proposta é por isso pura demagogia.

O respeito que a administração Bush demonstra por essa carta dos direitos é também espelho das suas convicções. Através do USA PATRIOT ACT [literalmente, acreditem ou não, Uniting and Strengthening America by Providing Appropriate Tools Required to Intercept and Obstruct Terrorism] a administração admite suspender esses direitos de maneira mais ou menos livre.

Todos os direitos? Não. Fiel aos lobbies das armas o Procurador-geral bloqueou, nos dias seguintes ao 11 de Setembro, a pesquisa que o FBI estava a fazer sobre a compra de armas de uma lista de cerca de 200 suspeitos. É que essa pesquisa ia contra o [segundo] direito constitucional dos cidadãos de possuir armas sem o governo disso ter conhecimento.

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