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quarta-feira, setembro 08, 2004

Série: O Ensino da Arquitectura - estórias breves
(8)

Um outro fenómeno recente no ensino da arquitectura é o seu prolongamento. Chegando ao fim de tão promissor curso os formandos começaram a aperceber-se que todos os seus colegas e os das outras faculdades iriam entrar no mercado de trabalho ao mesmo tempo em número nunca antes vistos. Os mais astutos começaram a olhar para outras alternativas - os mestrados.

Por detrás da aparente vontade de aumentar os índices de educação portugueses, este fenómeno, tal como o da multiplicação dos cursos, esconde outra importante vantagem. Há mais arquitectos, há menos empregos. Com os novos cursos e mestrados dão-se empregos aos arquitectos e mantêm-se os jovens a estudar (e fora das estatísticas do desemprego)

Pioneira na indústria dos Masters (mestrados) a Escola de Barcelona começou a oferecer inúmeras alternativas para que recém-licenciados pudessem prosseguir os seus estudos.

Maioritariamente dedicados ao urbanismo estas post-graduações, na confusão das equivalências e traduções, deram aos seus detentores o título de Mestre (aos 26-27 anos) abrindo-lhes a porta a uma estável e promissora carreira no sem-fim dos cursos universitários de arquitectura em Portugal.

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Nota: os dados nestes textos foram recolhidos ao longo dos anos e através de vários contactos formais e informais - podem não ser totalmente exactos ou estar ultrapassados.

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