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quinta-feira, janeiro 03, 2008
No post anterior fiz uma correcção. Inicialmente, escrevi «Mas algum jornalista se lembrou de ir ver como são computadas as mortes na estrada nos outros países? Ou de verificar se havia alguma razão para que esse cálculo seja feito assim?». Ao reler o artigo esta frase saltou-me imediatamente aos olhos e senti logo vontade de comentar… quando me apercebi que o artigo era meu. Por isso alterei o original e explico aqui porquê.

O que me chocou nestas perguntas foi a desresponsabilização do indivíduo. Pergunta-se se algum jornalista foi verificar um facto, quando obviamente essa é responsabilidade do jornalista que dá a notícia original (e de cada um que a repete).
Chocou-me o facto de até meu discurso estar contaminado da máxima «o mercado corrige-se a si mesmo» que rege a cartilha daqueles que defendem a menor intervenção do estado em tudo. Ou seja, a minha indignação parecia ser que nenhum jornalista tivesse verificado os factos dessa notícia. No entanto, todo o sentido do artigo é que se o jornalista tivesse verificado os factos a notícia talvez não tivesse existido.

Naturalmente, não me refiro somente à jornalista do tal directo televisivo. A notícia já andava por aí há uns dias, mas é tão responsável o jornalista que dá a notícia sem verificar os factos, como os jornalistas que a repetem sem tão pouco os verificarem.